EDITORIAL
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Apocalipse Tecnológico
Cesar Tólmi - Licenciatura Plena em Filosofia, Especialista em Neurociência Clínica, em Ciências da Religião, em Análise do Comportamento, em Psicologia Jurídica e Avaliação Psicológica, em Estudo da Linguística e em Gestão Estratégica de Pessoas; psicanalista, jornalista, artista plástico autodidata, escritor e idealizador da Neuropsiquiatria Analítica, integrada aos campos clínico, forense, jurídico e social.
Sempre que se fala sobre avanços tecnológicos -principalmente das IAs- dois fenômenos exagerados ocorrem: pessoas se empolgam, ficam boquiabertas, quase comparando essas tecnologias à magia ou a verdadeiros milagres, ou torcem o nariz, menosprezando-as, ironizando quem estuda de maneira mais aprofundada o assunto e que, consequentemente, com mais equilíbrio, expõe o assunto. Muitos, então, dizem-lhes: “Suas observações são fantasiosas. O que está dizendo é ficção científica!”. De fato há afirmações estapafúrdias, como a de que, em breve, “o ser humano poderá alcançar a sua imortalidade, ainda no Século 21, pela relação e fusão entre humano e tecnologia”. É o que, por exemplo, podemos constatar nas palavras de Ray Kurzweil, engenheiro de tecnologia que integrou a equipe da Google em uma subdivisão da Calico, que tem a missão de “solucionar a morte”. Ele chama a atenção para o fato de que, se uma gigante como a Google, está investindo pesado em questões como essa, então não devemos subestimar que haja uma fórmula da imortalidade em um futuro não muito distante. Nós, que estudamos a fundo a Neurociência, principalmente seus segmentos aplicados às tecnologias de informação, como IAs, sabemos que há pesquisas em Filosofia da Mente (ou “Neurofilosofia”, como alguns preferem) -área essa pertencente ao segmento chamado de Neurocognição- para mapeamento de estruturas neuro-funcionais relacionadas ao à linguagem e, especialmente, ao pensamento, objetivando o desenvolvimento de uma espécie de “cognição tecnológica”, além de pesquisas no segmento chamado de Neurobiologia, com intuito de desenvolver, tecnologicamente, similaridades sensoriais, como detecção de superfícies, distinguindo entre ásperas, lisas…, também temperaturas, entre outras e ainda a possibilidade de fusão entre o biológico e o tecnológico em diferentes partes do corpo. Lhe soa como ficção científica? Com certeza… Mas já se está dando passos em pesquisas de “fusão” ou “conexão” cérebro-máquina, que muitos preferem chamar de “interface cérebro-máquina”, que tem como um dos pioneiros o Dr. Miguel Nicolelis. Foi precisamente em 1999, que os Drs. John Chapin, Miguel Nicolelis e colaboradores, publicaram os primeiros resultados de um estudo científico demonstrando que sinais elétricos gerados por populações de neurônios-motores, registrados em ratos acordados, podiam ser convertidos em comandos em tempo real para um braço robótico. Já havíamos, em 1987, assistido ao filme Robocop, em que uma espécie de fusão entre biologia e tecnologia foi realizada. Com as necessárias ressalvas, a ficção científica não tem se mostrado inteiramente ficção, certo? Mas daí a se referir à obtenção da imortalidade humana é ir longe demais… Mesmo porque, se tal viesse a se realizar, não mais se poderia dizer que somos humanos, pois passaríamos à condição de alguma outra coisa, que denominei de TECHNO-HUMANUM em meu livro ÜBERMENSCH: De Nietzsche à Inteligência Artificial.
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“O Super-homem.”
No livro Assim Falava Zaratustra, Nietzsche escreveu: “O homem se acha no meio de sua rota, entre animal e super-homem.” (NIETZSCHE, 1883) Tal expressão é uma tradução de “Übermensch”, palavra alemã. Ele também disse -acho que em seu livro Gaia Ciência: “Os mais preocupados perguntam hoje: ‘Como conservar o homem?’. Mas Zaratustra é o primeiro e único a perguntar: ‘Como superar o homem?'” (NIETZSCHE, 1883). Tal conceito -diante do atual cenário de acelerado avanço científico- me faz pensar no que podemos chamar de “techno-humanum”. Os pensamentos de Nietzsche sempre foram “customizados” em vários setores da sociedade e ainda tem exercido grande influência, devido sua natureza bastante atemporal e, consequentemente, adaptativa. Talvez, o “techno-humanum” -para o período atual e alguma medida da posteridade- seja algo semelhante ao que Nietzsche chamou de “Übermensch” (Homem-além de si; Super-homem) e, estando o homem, entre o animal e o Übermensch (Techno-humanum) -parafraseando palavras de Nietzsche- talvez, permanecermos mais próximos aos animais seja o que nos garanta a preservação da humanidade em nós e, consequentemente, da espécie humana propriamente dita, como hoje a conhecemos, não sendo, portanto, em relação a tal coisa, o tempo de “superação de si”, mas de “preservação de ai”.
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As IAs podem ser um risco para a humanidade?
Stephen Hawking, em Conferência sobre o potencial de perigo da “Inteligência Artificial”, com outros cientistas de renome internacional -mesmo sendo benefício por um tipo de IA, que o permitia se comunicar por voz, sem que, biologicamente, pudesse falar- alertou sobre a possibilidade da “Inteligência Artificial” dar fim à espécie humana. Disse, entre outras coisas: “A Inteligência Artificial será a maior conquista da humanidade. Mas também pode ser a última.”.
É possível que a humanidade, como hoje conhecemos, esteja à beira da extinção, por causa do tipo de relação entre o homem e os avanços tecnológicos? O homem quer ser mais, quer ser “superior”, quando deveria querer e se contentar em fazer mais, cada vez melhor. E na ânsia de ser mais, de ser “superior”, poderá deixar de ser, ao se tornar outra coisa ou, mediante outra coisa por ele criada, ser superado? Ou ainda, em relação a tal coisa, poderá ele diminuir a si mesmo, tornando-se, em grande medida, obsoleto, passando a servir a sua criação (tecnologia) quando a sua criação é que deveria lhe servir? Será mesmo que a “superação do homem” poderá ocorrer, por tornar-se, a tecnologia, superior à capacidade humana, como muitos argumentam? Não parece mais provável que tal aconteça pela diminuição de nossa capacidade cognitiva? E se assim está acontecendo, quais os fatores que estão contribuindo para essa acentuada queda cognitiva?
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Que, de fato, são as IAs?
Precisamos deixar muito claro que “Inteligência Artificial”, fundamentalmente, é uma tecnologia algorítmica, um desenvolvimento de sistemas binários. Grosso modo, a “Inteligência Artificial” é um sistema de respostas automáticas, de “sim” ou “não”, de “branco” ou “preto”. A inteligência humana não é binária, e sim, extremamente complexa, abrangendo uma infinidade de possibilidades, de “graus de cinza entre o branco e o preto”, de “reações entre o sim e o não”. A inteligência humana é e será, sempre, superior a artificial, que nem mesmo é inteligência -se a entendermos como ato consciente de “pôr coisas na balança”, “pesar” -do Latim “PENSARE”. A expressão “Inteligência Artificial” é apenas uma grande jogada de marketing para a venda de inovações tecnológicas específicas, gerando a ilusão de superioridade de tais tecnologias em relação ao ser humano.
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Qual a principal diferença entre as tecnologias de automação avançada e o ser humano?
Mas, independentemente dos referidos fatos, precisamos entender que a diferença crucial entre o humano e o tecnológico não é a capacidade de pensar (processar informações) mas a capacidade de “saber-se enquanto pensa”; é a “consciência de estar tomando consciência das coisas”, é “observar a própria observação”, o que implica emoções, sentimentos e, consequentemente, a aversão à finitude, que, embora tão angustiante, precisa ser plenamente admitida. Para deixar mais clara a questão “Inteligência Artificial” e seu consequente potencial de resultados, devemos informar que, a chamada “Inteligência Artificial”, é um campo da Ciência da Computação, que, auxiliada pelas Ciências Cognitivas, se dedica ao estudo e ao desenvolvimento de máquinas e programas computacionais capazes de reproduzir o comportamento humano na tomada de decisões e na realização de tarefas, desde as mais simples até as mais complexas. Se alcançará a máxima semelhança funcional em relação ao ser humano não é possível opinar com plena segurança. De qualquer modo, esse objetivo é maravilhoso! Mas...maravilhoso para quem? E o que há por trás dessa intenção? Enquanto isso não acontece…a cognição humana, o pensamento crítico, vai se deteriorando pela velocidade na troca de informações pouco verificadas. Será que, dentro de não muito tempo, pensaremos de maneira semelhante aos sistemas binários? Neste sentido, o perigo real não é o de as tecnologias se assemelharem a nós, os humanos, mas o de nós, os humanos, nos assemelharmos as tecnologias.
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O principal impacto negativo do acelerado e exacerbado desenvolvimento tecnológico.
Sabemos que os avanços tecnológicos possuem numerosos pontos positivos. Porém, é inegável que, também, há pontos negativos. Até que ponto os positivos compensam em relação aos negativos?
Segundo pesquisa da Accenture, para muitos líderes empresariais, a IA é vista como uma fundamental para impulsionar o crescimento dos negócios, sendo, 84% dos executivos C-level, favoráveis à adoção dessa tecnologia. Um estudo do McKinsey Global Institute, cerca de 14% dos profissionais ao redor do mundo -até 2030- poderão precisar de uma radical mudança de carreira, por consequência da digitalização, da robótica e demais avanços em IA. Essa adaptação é cada vez mais importante no mercado que se mantém em acelerada transformação.
Áreas em que as habilidades diretamente relacionadas às emoções, isto é, áreas que requerem empatia e resolução em situações limites, totalmente imprevisíveis, não sofreram os impactos negativos das IAs. Podemos citar, por exemplo, áreas como a de gestão de pessoas, que conta com a Psicóloga Organizacional, a área da Enfermagem e a área de psicoterapias. Mas, aquelas que se relacionam diretamente à produção e precisão funcional localizada, que são responsáveis pela maior empregabilidade, sofreram -e já estão, de modo crescente- sofrendo os impactos negativos das IAs. Plataformas de recrutamento, por exemplo, já começam a utilizar a IA para fazer cálculos combinatórios entre profissionais e vagas de trabalho mais adequadas às suas experiências e competências. Ferramentas movidas por inteligência artificial “analisam” currículos, prevêem adequação às vagas e até conduzem etapas iniciais de entrevistas. Operadores de dados também estão sendo substituídos por IAs, pois essa tecnologia é cada vez mais capaz de lidar com inputs e gerenciamento de dados, reduzindo exponencialmente a necessidade de humanos ocupando cargos para essas funcionalidades. Operadores de Caixas no mercado varejista também estão sendo substituídos por IAs, porque os sistemas de checkout automatizados e quiosques de autoatendimento estão se tornando mais e mais comuns em ambientes nesse segmento. Também Operadores de Telemarketing e tantos outros profissionais estão sendo substituídos por IAs. A empresa DELL realizou uma demissão em massa, de mais de 12 mil funcionários, substituindo-os por sistema de automação das IAs, e alerta que, para continuar ampliando a sua competitividade, terá que continuar demitindo por conta de inovações tecnológicas.
Inicialmente, na Era Industrial, o nível de empregabilidade se ampliou muitíssimo e, consequentemente, melhorou-se a qualidade de vida da maioria das pessoas. Porém, com o correr dos anos, o trabalho físico foi, cada vez mais, transferido às máquinas, resultando -ora em uma região, ora em outra- em escalonado desemprego. Mas restou para o homem o que é de valor incomparável: o pensamento, a capacidade criativa e, consequentemente, todo o trabalho e usufruto do trabalho decorrente de tal capacidade. Agora, porém, também a função criativa tem sido entregue às tecnologias…
O investimento em tecnologias, por parte das grandes empresas, principalmente em tecnologias de automação em processamento de dados e resolução, como a “Inteligência Artificial”, pode ser muito oneroso de imediato, mas é muitíssimo vantajoso a médio e longo prazo. Por quê? A equação é simples: economiza-se muito mais com desenvolvimento e/ ou compra de tecnologias e com a manutenção de robôs, do que com pessoas, pois não se paga salários a robôs e a tipo algum de tecnologias, como também não se paga planos previdenciários, de saúde, etc. Assim, as empresas maximizam os próprios lucros.
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O paradoxo de Karl Marx e o “Apocalipse Tecnológico”.
A chamada “Inteligência Artificial” deu seus primeiros passos no terreno econômico, empresarial, no que refere-se às atividades matemáticas e de reabilitação humano-motoras, o que é louvável. Mas, a ganância dos que se consideram donos de “pedaços do mundo” está, mais e mais, levando essa tecnologia à condições perigosas, como a seara das guerras. Querem que “inteligências artificiais” tomem por nós as decisões mais cruciais, sendo que, nenhuma genuína decisão, as tecnologias podem tomar, nem jamais poderão. Uma decisão requer consciência, levando em conta a intuição, que, muitas vezes, salva-nos de grandes problemas e perigos. “Inteligência Artificial” não intui, não sente e, por consequência, não decide! O que o mercado das tecnologias pseudointeligentes chama de “tomadas de decisões pelas inteligências artificiais” -na guerra e em todos os setores da nossa vida- é tão-somente processamento de dados e disparos autômatos de funções que, por combinações algorítmicas, efetuam mensuração de probabilidades.
Estamos, indubitavelmente, no período mais vergonhoso da história da nossa espécie!
Sobre o trabalho e usufruto a ele relacionado, precisamos observar que, quando todos os trabalhos estiverem sendo realizados majoritariamente pela chamada “Inteligência Artificial”, será o caos à maioria das pessoas em todo o mundo, por não serem detentoras de grandes riquezas. A maior parcela da humanidade cairá na mais profunda miséria, até ser descartada como “coisa obsoleta”, e o mundo pertencerá a uma minoria milionária, que, tendo gerado para si o ócio total, apenas irá usufruir das maravilhas do mundo. Tudo aponta na direção de que chegará o dia em que praticamente não haverá, para o ser humano, trabalho, apenas o usufruto do trabalho das tecnologias. Porém, que tipo de ser humano será esse? Minhas observações lhe parecem apenas contextualização de uma opinião ou, pelo contrário, um raciocínio lógico, comprobatório, como uma ponta de um fio que alguém encontra e, nela segurando, segue o fio até a outra ponta que revelará o inevitável nela amarrado?
O paradoxo de Karl Marx será alçado, pois somente o Capitalismo -como o próprio Karl Marx dizia- poderá gerar o Comunismo perfeito. Porém, parecer-me que, o inevitável, é que o futuro da espécie humana, de usufruto de todas as coisas no ócio, será precedido pelo que podemos chamar de “Apocalipse Tecnológico”. A pobreza começou com a diminuição da oferta de trabalho e só terminará com a ausência de trabalho devido à máxima substituição do humano pela tecnologia em suas atividades laborais. Isso é maravilhoso! Mas...maravilhoso para quem?
A humanidade deve preparar-se para o “Apocalipse Tecnológico”! Quando será? Não sei… Mas, gerações virão até que o Grande e Terrível Dia chegue. As imigrações ilegais já estão em crescente marcha pelo mundo em decorrência da diminuição das atividades laborais pelo homem, entre outras coisas, e isso só irá se agigantar! A pobreza extrema da maioria na Terra levará aos mais terríveis crimes e o que podemos chamar de “soldados tecnológicos” irá abrir fogo contra o grosso da humanidade, em benefício do “Comunismo Capitalista”. É impossível Comunismo sem Capitalismo e os diferentes movimentos comunistas pelo mundo, os quais parecem contradizer tanto os movimentos capitalistas, são apenas “efeitos colaterais” do desenvolvimento do Comunismo Capitalista ou Capitalismo Comunista que alcançará o ápice com o extremo avanço tecnológico. E acontecerá que, tendo a humanidade de então, todas as suas necessidades satisfeitas instantaneamente, sentirá um insuportável vazio que não poderá ser preenchido, exatamente por não mais lhe faltar coisa alguma. Só existe desejo na falta, de maneira que é, o desejo, aquilo que motiva o homem. Não mais havendo o desejo de algo por haver a posse de tudo, o único desejo será de perder grande parte de tudo ou de perder-se por causa de tudo que foi conquistado. Mas, definitivamente, essas coisas não ocorrerão antes que venha o “Armagedom” ou “Apocalipse Tecnológico”. Meu desejo é que nada disso aconteça… Que os que se acham “donos de pedaços do mundo” repensem as suas escolhas, isto é, que haja um déficit na ganância dos “donos do mundo.”.
Deixo um alerta: por que tanto se dá ouvidos aos intelectuais mais ou menos ativistas e, quase sempre, se considera os filósofos como lunáticos, “doidos varridos” que falam absurdidades, coisas desconectadas? A resposta é simples: primeiro porque os intelectuais, um tanto ativistas, geralmente possuem muitos títulos acadêmicos e, principalmente, ampla visibilidade midiática, fama. E sobre o filósofo, embora seja contemporâneo, isto é, um homem em seu próprio tempo, ele reúne elementos e expõe, de maneira profundamente possível, cenários ainda não formados e, muitas vezes, tão afastados no tempo que parecem coisas de ficção científica ou simplesmente um sintoma de perturbação neuro-psico-fisiológica. Ver o futuro e compartilhar com a maioria quase cega, que tão pouco é capaz de enxergar o hoje, é praticamente se oferecer à “insana fogueira de uma inquisição”. Um filósofo é, quase sempre e de diferentes maneiras, um “mártir de muitas gerações”.
“Deus, não me dê nem a riqueza, nem a pobreza. Dê-me o que me for necessário, para que, saciado eu não te negue, dizendo: ‘Quem és tu?’ Ou então, reduzido à miséria, chegue a roubar e profane o seu nome.” (Provérbios 30: 8,9)
Palavra de agnóstico!
Link para o livro ÜBERMENSCH: De Nietzsche à Inteligência Artificial, de Cesar Tólmi, no portal Uiclap https://loja.uiclap.com/titulo/ua62018/?srsltid=AfmBOorqxUUsR5A-uoClX-ZuryhxWpLWht74xUUDOPEZHW8Byb7y9b e no portal Amazon https://www.amazon.com.br/%C3%9CBERMENSCH-Nietzsche-Intelig%C3%AAncia-Cesar-T%C3%B3lmi/dp/B0DB43GNZH